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Tecnologias para Transformação Digital

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Introdução

Quando falamos em transformação digital, podemos interpretar de várias maneiras. Desde melhorias discretas, onde o foco é a eliminação de documentos físicos, mas sem grandes mudanças na forma de trabalho, até uma completa reinvenção do negócio da empresa. Seja como for, essa transformação passa necessariamente pela revisão dos processos existentes e por um significativo incremento da utilização de tecnologias que permitam o maior grau possível de automação no menor espaço de tempo possível.

Quais são essas tecnologias?

Plataforma de Automação de Processos Digitais (DPA)

Também conhecidas como BPMS (Business Process Management System), as plataformas DPA permitem que um processo concebido ou redesenhado seja disponibilizado como um sistema, em alguns casos, em questão de dias. Isso é possível através de recursos de desenvolvimento que requerem o mínimo de codificação, que transformam o trabalho em uma montagem de componentes pré-fabricados, muito mais simples que uma programação tradicional.

Entre esses componentes facilitadores, podemos destacar:

  1. Formulários eletrônicos, montados a partir de elementos de tela que são simplesmente arrastados e colados;
  2. Regras de negócio configuráveis;
  3. Escolha automática de executores de atividades;
  4. Geração automática de documentos;
  5. Envio automático de e-mails;
  6. Conectores que permitem integrações com uma enorme diversidade de aplicações e serviços (ERPs, CRMs, serviços da nuvem, etc.).

As plataformas DPA atuam como orquestradores de atividades, contemplando ações humanas e automatizadas, aproveitando os investimentos já realizados através de integrações e permitindo o acompanhamento e a rastreabilidade de todos os passos do processo.

 

 

Tecnologias Habilitadoras

A caixinha de ferramentas presente nas plataformas DPA já é de grande utilidade na automação de processos. Entretanto, quando pensamos nas possibilidades do que podemos agregar aos nossos processos através de conexões a outras ferramentas e plataformas, as possibilidades são ainda mais impactantes. Vejamos algumas delas:

  • RPA (Robotic Process Automation)

Nossos processos podem, muitas vezes, contemplar atividades que, embora utilizem sistemas informatizados, são braçais e repetitivas. Por que não podemos “contratar” um robô para executá-las? Podemos sim. Quanto integramos uma plataforma RPA aos nossos processos, às vezes podemos economizar milhares de horas de trabalho manual e dedicar nosso capital humano a tarefas de maior valor cognitivo.

  • Rotinas de Aprendizado de Máquina (Machine Learning)

E se precisarmos de recursos mais avançados e que envolvam habilidades não tão robotizáveis assim, incluindo decisões complexas ou reconhecimento de imagens? Aqui podemos utilizar serviços de aprendizado de máquina, hoje disponíveis em diversas plataformas e, após o treinamento correto de modelos, colocá-los a serviço dos nossos processos. Exemplos de aplicação podem incluir, por exemplo, reconhecimento facial, interpretação de textos livres, cálculos de riscos, entre outras.

  • Internet das Coisas

E quando nosso processo necessita interagir com o mundo físico? Hoje proliferam opções de dispositivos conectados e que podem ser comandados remotamente. É o que se conhece como Internet das Coisas, que pode contemplar dispositivos de uso doméstico, como robôs aspiradores e lâmpadas inteligentes, sensores e equipamentos industriais e, em futuro não muito distante, drones e automóveis autônomos. Como o futuro chega a cada dia, cabe-nos atentar para as possibilidades que esses novos gadgets estão disponibilizando para a transformação dos nossos processos.

  • Blockchain

Outro campo promissor em termos de melhoria de processos vem com a tecnologia que hoje é a base das criptomoedas: o blockchain. De uma forma simplificada, o blockchain provê um registro descentralizado e seguro de transações e pode ser um futuro substituto do que hoje é delegado a processos cartoriais, caros e burocráticos. Inúmeros serviços têm sido construídos utilizando essa tecnologia, podendo ser base para contratos firmados de forma totalmente digital, dispensando intermediários.

  • Serviços da Nuvem  

Virtualmente, tudo que hoje está disponível sob a forma de um serviço na nuvem está também disponível para ser utilizado em nossos processos. Serviços bancários, assinatura digital, envio de mensagens e redes sociais são apenas uma pequena amostra do que temos hoje à disposição.

Conclusão

A lista acima não tem a pretensão de listar todas as possibilidades hoje disponíveis, pois, para isso, teríamos que escrever um imenso livro e não um simples artigo. Entretanto, pretendemos despertar sobre a importância de conhecer essas novas fronteiras e o que elas nos aportam de possibilidades para os desafios que estão aí para todas as organizações e cujo maior gargalo não parece ser mais a falta de algumas tecnologias e sim a criatividade e atitude em utilizar bem o enorme cardápio que temos disponível delas.

 

Carlos Sérgio Mota Silva, Director at P4Pro Consultoria.

 

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Este artigo foi postado originalmente no blog do P4pro – Organização e Projetos. Conheça mais sobre em: P4Pro