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Quais as oportunidades, desafios e riscos da interação com grandes empresas para startups brasileiras?

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O tema vem ganhando muita força nos últimos anos. Diante de uma forte pressão para inovar, grandes empresas têm ampliando suas fontes de inovação aberta, e apostado na interação com startups como forma de desenvolver e testar novas tecnologias e soluções de negócio de uma forma mais rápida e barata, sem colocar em risco seu core business.

Os benefícios são promissores: acessar novas tecnologias, explorar novos mercados e novos modelos negócios, acessar talentos, incentivar uma cultura empreendedora dentro da própria empresa, redução dos custos de P&D, melhoria da imagem institucional, rejuvenescimento da marca, etc.

Para as startups, as oportunidades também são relevantes, pois através da interação com as grandes empresas e o acesso a seus recursos e know-how, conseguem validar sua soluçãotestar market-fit, acessar recursos, mercado e clientes, além de gerar exposição da marca e cases, importantes para a credibilidade de quem está iniciando sua inserção no mercado.

No entanto, embora estas parcerias carreguem este potencial de complementaridade de competências, suficientes para gerar valor para ambas as partes por meio de uma relação ganha-ganha, na prática a interação não é tão simples. Existem uma série de obstáculos, que vão desde barreiras internas inerentes à estrutura das empresas, às barreiras relacionais, que incluem diferenças culturais, divergências estratégicas e ausência de alinhamento.

Fato é que ainda existe um longo caminho para se percorrer no entendimento sobre o tema, e tanto grandes empresas quanto startups estão ainda aprendendo a se relacionar. Estudos mostram que menos de 40% das interações trazem resultados significativos.

Em termos acadêmicos, existe uma vasta literatura que trata de inovação aberta e um número crescente de estudos que tratam do corporate venture capital e a aquisição de startups por grandes empresas, duas formas tradicionais de relacionar-se com empresas nascentes. Poucos são os estudos que tratam das outras formas de interação como a aceleração, investimento, parcerias para co-desenvolvimento, plataforma de startups, entre outros. Em geral, são relatórios de consultorias, em sua maioria voltados para entender o panorama da interação sob o ponto de vista da grande empresa. Existem poucos estudos nacionais que investigam as oportunidades, desafios e riscos da interação, sob o ponto de vista das startups.

Diante deste contexto, e motivada pelos anos de atuação direta com startups, fomentando o ecossistema de inovação e empreendedorismo enquanto estive à frente do Inovativa Brasil, me debrucei sobre o tema em minha pesquisa de mestrado e o resultado são 10 estudos de casos que tratam sobre a interação com grandes empresas sob a ótica de startups brasileiras.

O e-book que disponibilizo AQUI para vocês, apresenta os principais tipos de interação entre as startups analisadas e grandes empresas brasileiras, as oportunidades e dificuldades encontradas no processo e os principais aprendizados dos empreendedores. 

 

 

Janice Maciel, Economista e mestre em Inovação, com foco em Startups e Inovação Aberta.